How do I quit you?
Sem exageros. Com algumas cenas fortes. Com muitas cenas revoltantes.
Em que é que de tão profundo nos magoa a homossexualidade que nos leva a repudir de tal modo aqueles que discreta ou ostensivamente o são? Será a ameça de nós próprios podermos vir a sê-lo? E se o formos? Ou bi-sexuais? O exercício do sexo é assim tão importante?
É uma temática que desde sempre me tocou profundamente em termos científicos. A cultura de facto exerce tamanha pressão na nossa vida que abdicamos muitas vezes dos nossos caminhos para aplacar as exigências (necessidades) da sociedade.
Pois a espécie humana precisa de facto de reprodução, mas a que custos? Que produtos positivos poderão sair de sonhos não vividos? O objectivo de uma família é fornecer a sociedade de crianças? Ou proporcionar a estabilidade emocional e integração afectiva dos casais e respectiva prole? A família não é suposto ser fonte de amor?
E não poderemos nós ter relações de amor sem que possam ser num contexto de relacionamento reconhecimento civilmente? E não poderão as pessoas escolher como viver seus afectos e sua sexualidade livremente?
São muitas questões.
Ousem fazê-las.
E, by God, não rejeitem ver este filme porque é sobre gays e podem ser confundidos. Sei que estão mortinhos para o ver. Assim que o tiver empresto-o a todos os meus amigos homens porque sei que estão cheios de curiosidade. Ver não contagia. A sério. E se contagiasse era uma doença da qual podias sair mais saudável e mais feliz.
O único amigo homem que aceitou ir vê-lo comigo fê-lo porque não sabia de que se tratava (sim, há pessoas que ainda andam mais fora do ar do que eu ;), a falta de TV deixa-nos fora da civilização!). Sim já sei terias ido à mesma.
Agora se querem saber em termos de filme em si o que é que eu achei...
Os ritmos são uma porcaria. Como disse a minha amiga Sofia, é um tédio, quase adormeci. É verdade. Está muito mal pontuado.
As paisagens são lindíssimas. A música é razoável. Eles, como tantos outros gays, são muito giros. A realidade, nua e crua. E cruel.
Seria amor? Seria (homos)sexualidade? Seria apenas a solidão e o facto de estarem isolados? Seria talvez um alimento da nostalgia de um passado mais feliz em que se viveu uma vida à margem de tudo num excerto idílico, como se de um pequeno big-brother se tratasse no qual Ennis e Jack viveram em perfeita harmonia por estarem sós... Mais perguntas. A vida ao invés de nos dar certezas, dá-nos sempre mais perguntas. Mais questões existenciais. Sobre nós e sobre o mundo. É sempre assim, a vida troca-nos as voltas.
How do I quit you?
Como se deixa de amar alguém? É possível?
Em que é que de tão profundo nos magoa a homossexualidade que nos leva a repudir de tal modo aqueles que discreta ou ostensivamente o são? Será a ameça de nós próprios podermos vir a sê-lo? E se o formos? Ou bi-sexuais? O exercício do sexo é assim tão importante?
É uma temática que desde sempre me tocou profundamente em termos científicos. A cultura de facto exerce tamanha pressão na nossa vida que abdicamos muitas vezes dos nossos caminhos para aplacar as exigências (necessidades) da sociedade.
Pois a espécie humana precisa de facto de reprodução, mas a que custos? Que produtos positivos poderão sair de sonhos não vividos? O objectivo de uma família é fornecer a sociedade de crianças? Ou proporcionar a estabilidade emocional e integração afectiva dos casais e respectiva prole? A família não é suposto ser fonte de amor?
E não poderemos nós ter relações de amor sem que possam ser num contexto de relacionamento reconhecimento civilmente? E não poderão as pessoas escolher como viver seus afectos e sua sexualidade livremente?
São muitas questões.
Ousem fazê-las.
E, by God, não rejeitem ver este filme porque é sobre gays e podem ser confundidos. Sei que estão mortinhos para o ver. Assim que o tiver empresto-o a todos os meus amigos homens porque sei que estão cheios de curiosidade. Ver não contagia. A sério. E se contagiasse era uma doença da qual podias sair mais saudável e mais feliz.
O único amigo homem que aceitou ir vê-lo comigo fê-lo porque não sabia de que se tratava (sim, há pessoas que ainda andam mais fora do ar do que eu ;), a falta de TV deixa-nos fora da civilização!). Sim já sei terias ido à mesma.
Agora se querem saber em termos de filme em si o que é que eu achei...
Os ritmos são uma porcaria. Como disse a minha amiga Sofia, é um tédio, quase adormeci. É verdade. Está muito mal pontuado.
As paisagens são lindíssimas. A música é razoável. Eles, como tantos outros gays, são muito giros. A realidade, nua e crua. E cruel.
Seria amor? Seria (homos)sexualidade? Seria apenas a solidão e o facto de estarem isolados? Seria talvez um alimento da nostalgia de um passado mais feliz em que se viveu uma vida à margem de tudo num excerto idílico, como se de um pequeno big-brother se tratasse no qual Ennis e Jack viveram em perfeita harmonia por estarem sós... Mais perguntas. A vida ao invés de nos dar certezas, dá-nos sempre mais perguntas. Mais questões existenciais. Sobre nós e sobre o mundo. É sempre assim, a vida troca-nos as voltas.
How do I quit you?
Como se deixa de amar alguém? É possível?